Andanças e memoranças



Talvez o maior encanto que a música promove seja o fato de, propagando-se pelo espaço, chegar ao outro e tocá-lo, em intensidade e de uma maneira impossível de ser prevista. 

E assim foi o acontecido com o jornalista Marcos Niemeyer, que passava, numa manhã, em frente à Casa da Matriz - a casa onde nasceu e cresceu a família Couto Teixeira, e atualmente recebe os alunos particulares de música, em Juiz de Fora. Dois dedos de boa prosa, como um encontro de velhos amigos que acabam de se conhecer. 

 O relato desse encontro está disponível neste post, no blog do próprio Marcos e cuja felicidade, para além do cuidado e carinho de seu texto, foi a de proporcionar a lembrança do processo de criação do Jardim Botânico de Juiz de Fora: o movimento da sociedade civil em defesa da Mata do Krambeck, confrontando e vencendo os interesses especulatórios e predadores do mercado imobiliário.

Meu primeiro professor de flauta tranversal, Kim Ribeiro, dizia-me que, para aprender a tocar flauta, é preciso aprender a tocar para uma árvore. Penso que lições assim são o que diferenciam um professor de um mestre. Carrego esta lição pela vida inteira, e lição que é lição não apenas se aprende mas também se ensina, ou melhor, se presta a ensinar. Se procuram-se vizinhos de bom gosto musical, ainda não conheci vizinhos melhores que as árvores.



Um abraço!